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Indicadores e Metas: A Bússola dos Times Digitais de Alta Performance

O que você verá neste artigo:


  • A importância de indicadores e metas para times digitais.

  • O que são times de alta performance.

  • Exemplos de indicadores.

  • A importância da governança.

  • Um caso real aplicado

Em um ambiente corporativo onde a inovação é constante, dúvidas frequentemente aparecem como:

  • “Estamos fazendo o máximo com os recursos disponíveis?”

  • “Meus times estão operando de forma efetiva?”

  • “Há margem para otimizar e, assim, alcançar mais resultados com menos?”.

Garantir que a efetividade de suas equipes está no nível máximo não é apenas desejável, é extremamente importante. Mas como confirmar que suas equipes estão realmente impulsionando sua liderança?

Muitas organizações têm buscado a transformação digital como uma forma de se manterem competitivas no mercado. Contudo, simplesmente adotar ferramentas ou práticas digitais não garante sucesso.


"O que realmente faz a diferença é a capacidade de formar times digitais de alta performance. E, para alcançar esse estado, ter os indicadores corretos é vital. Como diz o velho ditado, se você não mede, não consegue gerir."

O que são times digitais de alta performance?


Um time digital de alta performance combina habilidades técnicas e cross áreas para criar produtos diferenciados e impulsionar resultados consistentes nos negócios. Além da expertise técnica, esses times se destacam por sua comunicação eficaz, colaboração interdisciplinar e adaptabilidade. Movidos por um incômodo pró-ativo, eles estão constantemente buscando otimização e superação.

Os benefícios de cultivar tais equipes são muitos, incluindo:

  • Redução de custos: através de processos mais eficientes, menos retrabalho e tomadas de decisão mais informadas.

  • Aumento da assertividade: ao criar soluções que realmente atendem às necessidades do cliente, reduzindo o desperdício e maximizando o valor.

  • Fazer mais com menos: ao otimizar recursos e focar nas atividades de maior impacto.


Navegando com Métricas: O Poder dos Indicadores


Buscar a excelência no mundo ágil é essencial, especialmente se o objetivo é garantir que as práticas ágeis continuem sendo relevantes para o negócio. Contudo, alcançar essa maestria sem as métricas certas pode ser um desafio.


Enfrentar a constante pressão de atingir as metas, sentir-se em um cabo de guerra de direções e estratégias com as áreas, pressão por entregas e ter dúvidas se seu time está realmente produtivo? Sem indicadores claros, como demonstrar o valor que está trazendo para a organização?


Para entender verdadeiramente a efetividade de um time, precisamos medir. É aqui que indicadores e métricas entram em cena. Eles nos mostram se a equipe está "ganhando o jogo", se o investimento está valendo a pena.

Abaixo vamos mostrar definições de métricas para times digitais, a importância de eventos de governança e na sequência, vou mostrar um caso real onde foi aplicado.


Métricas para times digitais


Vamos nos aprofundar nas métricas, categorizando-as em métricas em dois grupos: Indicadores fim e indicadores habilitadores (meio).


1. Métricas Fim (Ligadas ao Negócio)

Estas métricas refletem o impacto direto dos esforços do time nos resultados da empresa. O mais comum é medir o ROI do time, mas isso varia de negócio para negócio.

  • Retorno sobre o Investimento (ROI): Mede o retorno financeiro gerado por cada projeto ou iniciativa. Pode incluir itens como: - Redução de Custos: Quantifica a economia realizada através da otimização de processos e eficiência operacional. - Crescimento da Receita: Indica o aumento percentual da receita gerado a partir de novas soluções ou melhorias.- Satisfação do Cliente: Avalia o grau em que os produtos ou serviços de um time atendem ou excedem as expectativas dos clientes.

Fazendo uma analogia - o que adianta um time de futebol ter a maior posse de bola, chutar mais vezes no gol, marcar muitos gols, mas não ganhar o campeonato?


2. Métricas Habilitadoras

As métricas habilitadoras servem como termômetros para compreender a eficiência e bem-estar das equipes no dia a dia. Vamos focar aqui nas métricas mais comuns, mas vale destacar que existem várias outras, como frequência de deploy, modernização da tecnologia, tempo para deploy e tempo para restore em caso de problemas.

  • Velocidade de Entrega (Lead Time): Reflete o tempo que leva desde a concepção de uma ideia até sua entrega ao cliente.

  • Produtividade (Throughput): Mede a quantidade de trabalho entregue em um determinado período. Pode ser avaliado também por item de trabalho, com isso sabemos qual a vazão de novas coisas e qual a vazão de correções ou itens técnicos.

  • Throughput por Head Count: Analisa a produtividade considerando a quantidade de membros na equipe. Com isso conseguimos saber se vale colocar mais pessoas no time, ou se colocando mais pessoas a produtividade não aumenta em proporção.

  • Qualidade de Entrega: Indicadores como a quantidade de bugs, o tempo gasto corrigindo-os e o estoque de bugs podem ajudar a entender a qualidade do trabalho entregue.


A Importância dos Eventos Formais na Governança


Além dos indicadores, é fundamental estabelecer uma estrutura de governança robusta, que inclua eventos formais em que os times acompanhem os indicadores e criem planos de ação para ajustar seu backlog conforme necessário. É importante ter uma abordagem sistemática e estruturada para monitorar e avaliar o desempenho, para garantir que os times digitais permaneçam no caminho certo.

Os eventos de governança têm múltiplos objetivos:

  • Acompanhar Indicadores: Estes eventos são oportunidades para os times revisarem seus indicadores-chave, avaliando o progresso em relação aos objetivos e identificando áreas de melhoria.

  • Elaborar Planos de Ação: A partir das insights obtidas da análise dos indicadores, os times podem criar planos de ação específicos para endereçar desafios e oportunidades identificadas.

  • Adaptar o Backlog: Com base nos planos de ação e nas prioridades emergentes, o backlog do time pode ser ajustado. Isso garante que a equipe esteja sempre trabalhando nas tarefas mais críticas e alinhadas com os objetivos estratégicos.

  • Promover a Transparência e a Colaboração: Estes encontros também são uma plataforma para comunicação aberta entre os membros do time e outras partes interessadas, promovendo uma cultura de transparência e colaboração.

Incorporar eventos formais de governança na rotina dos times digitais não só reforça a importância das métricas e indicadores, mas também proporciona momentos de recalibração, garantindo que os esforços da equipe estejam sempre alinhados com a visão e metas da organização.


Case de Sucesso: Avaliando o ROI com Precisão


Compartilho aqui um caso real, que está sanitizado, criado no mercado de Saúde. Se quiser saber mais sobre esse caso, vamos marcar uma conversa :)

Para o cálculo da métrica fim, utilizamos o indicador de Taxa Interna de Retorno (TIR). Esse cálculo foi feito junto da área financeira. Para isso segmentamos nossa estratégia em duas vertentes principais: custo e retorno.

  • Custo: Nosso time de agilidade possuía total controle sobre todas as alocações, segmentando-as por squad e tribo. Através de uma definida topologia de times, conseguimos determinar com precisão o custo mensal de cada squad e tribo. Isso era base para várias tomadas de decisão, inclusive para análise de métricas habilitadoras, como por exemplo, o Throughput por Headcount

  • Retorno: O time de agilidade implantou ciclos de planejamento trimestrais, onde o time de Produtos criava e apresentava suas estratégias para o período. Essas estratégias, ou teses, eram direcionadas a atender os Objetivos e Resultados Chave (OKRs) da empresa.

Ao casar os custos das equipes com as projeções de retorno das teses, a TIR era calculada. Em nossas reuniões trimestrais, os executivos revisavam e endossavam a TIR proposta, garantindo que estivéssemos no caminho certo.

O sucesso desta abordagem foi ancorado em vários fatores cruciais:

  • Indicadores Apropriados: Adotamos métricas claras e pertinentes, que proporcionaram uma avaliação objetiva de nossa performance.

  • Capacitação e Treinamento: Todos compreenderam profundamente a essência dos indicadores utilizados, bem como do modelo de governança adotado.

  • Modelo de Governança: Estabelecemos processos decisórios robustos e promovemos comunicações cristalinas.

  • Reuniões Estratégicas: Estas garantiram que todos os stakeholders estivessem continuamente informados e em sintonia.

  • Ferramenta de Gestão de Backlog Configurada: A padronização do Jira provou ser essencial, permitindo a coleta de indicadores operacionais em escala.

Os benefícios conquistados foram expressivos, gerando maior confiança e alinhamento em todas as escalas da organização, no que se referia aos times digitais.


Conclusão

Em um mundo digital em constante evolução, operar no escuro com times digitais não é uma opção. Indicadores são como faróis que iluminam o caminho, fornecendo uma visão clara do desempenho e das áreas que requerem atenção.

O cultivo de times digitais de alta performance é mais do que apenas reunir os melhores talentos; trata-se de criar um ambiente onde esses talentos possam florescer e entregar valor consistentemente. Os indicadores e métricas são ferramentas essenciais nesse processo, servindo como a bússola que orienta os times em direção ao sucesso contínuo e ao alinhamento com os objetivos organizacionais.

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